Definidos os oito estudantes que vão para o Projeto Rondon
Publicado em: 08/04/2025
Já são conhecidos os oito estudantes do Centro Universitário UNIFAA que vão representar a instituição no Projeto Rondon, desenvolvido pelo Ministério da Defesa, entre 8 e 27 de julho. A “Operação Amazônia” será realizada em Barcelos, no Estado do Amazonas. Foram selecionados os seguintes discentes: Julia Martins (5º período de Direito); Joyce Rosendo (7º período de Enfermagem); Geovana Miranda (9º período de Enfermagem); Ronieslley Nunes (6º período de Medicina); Camila de Souza (5º período de Medicina); Marcelo Toledo (5º período de Medicina); Ana Luíza Leite (5º período de Odontologia); e Maria Caroline Gama (3º período de Odontologia). Eles serão os representantes do Estado do Rio de Janeiro, já que, pelo segundo ano consecutivo, o UNIFAA é a única instituição fluminense selecionada. Ao todo, 88 pessoas se inscrevem no processo seletivo, sendo que 60 participaram das dinâmicas e entrevistas, conduzidas pelos rondonistas de 2024.
O Reitor do Centro Universitário UNIFAA, Marcio Martins da Costa, ressalta que “os oito estudantes tornam-se agora embaixadores dos nossos valores, levando à Amazônia não apenas conhecimento técnico, mas também sensibilidade, empatia e disposição para o diálogo. Representar o UNIFAA e o Estado do Rio de Janeiro em uma missão tão nobre é, ao mesmo tempo, uma honra e uma grande responsabilidade.” Ainda segundo o Reitor, “o Projeto Rondon é uma das mais belas expressões da extensão universitária em nosso país. Ele nos convida a aprender com as diferenças, a contribuir para o desenvolvimento das comunidades e a retornar transformados. Ao vestirem o colete amarelo, nossos alunos passam a integrar uma rede que acredita que a educação deve tocar vidas — sobretudo aquelas historicamente invisibilizadas.”
Coração de estudante
A discente de Direito Júlia Martins conta que ficou anestesiada ao saber que fora selecionada. Cheia de compromissos do estágio, só foi tomada pelo entusiasmo ao conseguir a liberação para viajar. E pouco a pouco os sentimentos foram se alternando. Primeiro a euforia por ter ficado entre os oito aprovados. Depois, “senti uma felicidade imensa, afinal, trata-se de um projeto que desejava muito participar.” Então surgiu o medo de não corresponder às expectativas, o que serviu para intensificar o seu desejo de trabalhar firme. E passado esse turbilhão de emoções, veio a confiança: “Hoje, o sentimento que fica é de orgulho. Trata-se de uma experiência e oportunidade realmente única, um projeto importante – que salva e transforma vidas. Se a coordenação confiou na minha capacidade, estou mais do que disposta a exercê-la.”
Questionada sobre o que esperada da “Operação Amazônia”, conta que “a principal expectativa é, também, o maior objetivo do projeto: iluminar a vida daqueles que, com frequência, são empurrados às sombras da invisibilidade social. A preparação da sociedade e dos profissionais, principalmente em relação às peculiaridades da região em que residem e atuam, melhorando a qualidade de vida, o acesso às informações, o bem-estar social, deve estar sempre em primeiro lugar, seja no rol de expectativas ou de preocupações.” Júlia acrescenta ainda que espera que a “a transformação seja mútua. Trata-se de uma região de cultura riquíssima e diversificada. Que eu aprenda tanto quanto ensinarei. Que eu volte uma Julia tão diferente da que embarcou que precise me conhecer de novo.”
Uma segunda chance para um sonho
A estudante de Medicina Camila de Souza finalmente vai realizar seu sonho. No ano passado, ela foi selecionada para a “Operação Velho Chico”, realizada no sertão pernambucano, mas ficou como suplente. Em 2025, veio a confirmação. “É uma emoção forte! Sei que essa será a maior experiência universitária da minha vida. Um sentimento único mesmo”, comenta, relatando como foi viver novamente a emoção de participar da seleção e a expectativa para participar:
“Os olhos brilharam, fiquei emocionada muitas vezes com os relatos dos rondonistas do ano passado, me imaginei lá, com os famosos coletes amarelos cuidando de pessoas, podendo ensinar… Mentalizei e aconteceu! Minhas expectativas são muito altas! Estou tão, mas tão feliz! É de verdade uma oportunidade única na vida! Não só porque só podemos participar uma vez, mas porque é a extensão pura e simples, sabe? Uma experiência de vida profunda. O maior projeto de extensão do país. Experimentar a vida mesmo como ela é: em troca, carinho, reciprocidade, desafios de visões e ambientes diferentes. Isso enriquece tanto a gente, transforma!”
Na margem do Rio Negro
A Coordenadora Projetos, Vivian Rodrigues, chegou a Barcelos (AM), que fica na margem do Rio Negro, nesta segunda-feira, 7, para uma viagem destinada a preparar a participação da instituição na “Operação Amazônia”. No sábado, 5, ainda em Manaus, no 1º Batalhão de Infantaria da Selva (BIS), recebeu algumas capacitações, como sobre tratamento com indígenas e sobrevivência na selva. Também teve reunião com representantes de diversos Ministérios, como da Educação, da Agricultura e das Mulheres, que apresentaram uma série de políticas públicas que poderão ser apresentadas ao município que vai sediar o projeto, de acordo com as temáticas a serem trabalhadas, de forma a ser feita uma interlocução entre os governos federal e municipal.
O desembarque em Barcelos ocorreu na manhã desta segunda-feira, 7, quando os professores coordenadores das Instituições de Ensino Superior (IES) selecionadas para participar do Projeto Rondon foram recebidos pelo prefeito Radinho e pelo Tenente-coronel Roger Regufe, Comandante do 3º Batalhão de Infantaria da Selva (BIS). “Tivemos uma reunião com representantes da Prefeitura. Alinhamos pontos muito importantes. Percebemos que o prefeito está muito animado com a nossa chegada, e isso é muito importante. Estamos vendo questões logísticas e nesta terça-feira teremos uma reunião com todos os secretários e líderes comunitários de Barcelos para apresentação de propostas e do Rondon, bem como do que precisa ser feito a partir das demandas do prefeito”, comenta Vivian, que mantém contato direto com os alunos selecionados. “A ideia é fechar uma agenda de atividades para chegar em julho e executar”. O retorno para Valença será no sábado, 12.
